A Globo já negou, mas pequenas notas em colunas de jornal e sites sobre audiência indicam que o boicote afetou sua programação, com o claro intuito de reaproximação deste público.
Indícios
Um fato que merece destaque é que o São Jorge, “padroeiro” da novela das 21h, foi esquecido. Desde o início da trama, muitos evangélicos diziam que não queriam fazer um culto a Ogum, como a figura é conhecida nas religiões afro-brasileiras. O protagonista Théo (Rodrigo Lombardi), que era tão devoto nos primeiros capítulos, não aparece mais acendendo velas nem fazendo rezas para o santo. Não há mais referências diretas ao santo por parte dos outros personagens.
Várias fontes estão anunciando que a novela tem atualmente um dos piores índices de audiência dessa faixa horária e não conseguiu conquistar o público. Jornalistas acreditam que os posts evangélicos de manifesto nas redes sociais afetaram o desempenho. Inicialmente a trama deveria ficar no ar até junho, mais foi encurtada em duas semanas e chegará ao fim em maio.
Fonte: Redação, com
informações do
Pragmatismo Político
Insatisfeitos com “valorização” de outras crenças e religiões em novelas da rede Globo, o imenso contingente de evangélicos no Brasil partiu para o boicote à programação da emissora. A Globo já negou, mas pequenas notas em colunas de jornal e sites sobre audiência indicam que o boicote afetou sua programação, com o claro intuito de reaproximação deste público.
Indícios
Um fato que merece destaque é que o São Jorge, “padroeiro” da novela das 21h, foi esquecido. Desde o início da trama, muitos evangélicos diziam que não queriam fazer um culto a Ogum, como a figura é conhecida nas religiões afro-brasileiras. O protagonista Théo (Rodrigo Lombardi), que era tão devoto nos primeiros capítulos, não aparece mais acendendo velas nem fazendo rezas para o santo. Não há mais referências diretas ao santo por parte dos outros personagens.
Várias fontes estão anunciando que a novela tem atualmente um dos piores índices de audiência dessa faixa horária e não conseguiu conquistar o público. Jornalistas acreditam que os posts evangélicos de manifesto nas redes sociais afetaram o desempenho. Inicialmente a trama deveria ficar no ar até junho, mais foi encurtada em duas semanas e chegará ao fim em maio.
Puxando o saco
A novela substituta será “Em Nome do Pai”, que teve a estreia antecipada. As gravações já estão em andamento. A novela deve apresentar, entre outras histórias paralelas, a primeira “mocinha evangélica” de uma trama global - uma ex-periguete que se converte e se torna cantora gospel. Outra trama de destaque é para um ex-homossexual que deve viver uma relação séria com uma mulher (aqui destacamos o preconceito disfarçado: o fato do homossexual se envolver em relacionamento com uma mulher confere um ar de “cura” para a “doença” do personagem, além de forçar um agrado ao público evangélico, do qual uma grande parcela abomina o homossexualismo).
Mais recentemente, houve mudança numa das novelas programadas para estrear este ano. Ao invés de “Pequeno Buda”, foi rebatizada de “Joia Rara”. O motivo seria o temor da emissora que ocorresse outra campanha dos evangélicos contra o título que remete ao fundador do budismo.
Aproximação sistemática
A aproximação com os evangélicos vem se desenhando há algum tempo, incluindo contratos de artistas gospel com a gravadora Som Livre, a exibição do Festival Promessas e o encontro com pastores para discutir a maneira como os personagens evangélicos são retratados.
Mais uma vez, quem perde é o povo
Uma parcela considerável de evangélicos costuma não aceitar (ou ao menos respeitar) as ideias de outras religiões. Já a rede Globo nunca apresentou preocupação com os efeitos de sua programação na população brasileira, uma vez que todos os seus interesses são voltados para o lucro e a proximidade com o poder. Ao juntarmos as peças, temos de um lado a estreiteza de visão e o radicalismo; do outro, a falta de escrúpulos e de compromisso com a cidadania. A população brasileira deveria se preocupar com a união dessas duas forças.
A novela substituta será “Em Nome do Pai”, que teve a estreia antecipada. As gravações já estão em andamento. A novela deve apresentar, entre outras histórias paralelas, a primeira “mocinha evangélica” de uma trama global - uma ex-periguete que se converte e se torna cantora gospel. Outra trama de destaque é para um ex-homossexual que deve viver uma relação séria com uma mulher (aqui destacamos o preconceito disfarçado: o fato do homossexual se envolver em relacionamento com uma mulher confere um ar de “cura” para a “doença” do personagem, além de forçar um agrado ao público evangélico, do qual uma grande parcela abomina o homossexualismo).
Mais recentemente, houve mudança numa das novelas programadas para estrear este ano. Ao invés de “Pequeno Buda”, foi rebatizada de “Joia Rara”. O motivo seria o temor da emissora que ocorresse outra campanha dos evangélicos contra o título que remete ao fundador do budismo.
Aproximação sistemática
A aproximação com os evangélicos vem se desenhando há algum tempo, incluindo contratos de artistas gospel com a gravadora Som Livre, a exibição do Festival Promessas e o encontro com pastores para discutir a maneira como os personagens evangélicos são retratados.
Mais uma vez, quem perde é o povo
Uma parcela considerável de evangélicos costuma não aceitar (ou ao menos respeitar) as ideias de outras religiões. Já a rede Globo nunca apresentou preocupação com os efeitos de sua programação na população brasileira, uma vez que todos os seus interesses são voltados para o lucro e a proximidade com o poder. Ao juntarmos as peças, temos de um lado a estreiteza de visão e o radicalismo; do outro, a falta de escrúpulos e de compromisso com a cidadania. A população brasileira deveria se preocupar com a união dessas duas forças.