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Editorial

Com a eleição de nossos representantes municipais mudaremos os rumos da corrupção?

O combate à corrupção no Brasil é igual ao combate ao analfabetismo, que se iguala ao combate à fome, que é idêntico ao combate à prostituição e ao trabalho escravo.

Fala-se muito, escreve-se mais sobre eles e não se chega à solução de nenhum, ou sequer ao diminuí-los substancialmente. Ao menos uma vez por semana, a Polícia Federal estoura um bando, uma quadrilha que desvia milhões, às vezes chegando às centenas, de dinheiros público, sem nenhuma punição exemplar.

As autoridades entram em cena logo para criticar as leis que tentam coibir os abusos. O presidente Lula é o campeão em contestar publicamente leis de combate ao crime lesa-pátria de surrupiar dinheiro público. As reiteradas comissões parlamentares de inquérito instaladas pelo Congresso Nacional reforçam o conceito de que não tem jeito, já tão arraigado na população. O ex-presidente Severino Cavalcanti, autoridade máxima da Câmara dos Deputados, achacava donos de restaurantes. O mensalão, as ambulâncias superfaturadas, o Paulinho e o BNDS, dinheiro na cueca, em hotel, em casa, são apenas exemplos isolados de um estilo de administrar generalizado.

Com tantos desvios criminosos, nenhum agente público está na cadeia. É fato estatisticamente comprovado de que o Poder só funciona para pobres.

E nenhuma satisfação é dada à sociedade, a não ser as justificativas de sempre. Falta gente, falta material, falta informatização. Realmente falta tudo, principalmente o compromisso de cumprir o seu dever legal de punir quem comete crime, independe da classe social e da quantidade e qualidade dos advogados, outro fator que só prevalece em função da fraqueza do Poder Judiciário.

Atribuem a responsabilidade pelo controle da corrupção à sociedade. Não dizem com que instrumentos e a quem recorrer. Enquanto isso, multiplicam-se as pessoas que ganham salários ínfimos e acumulam patrimônio de magnatas mexicanos.

Domingo vamos votar. A ficha do candidato é importante? O eleitor está indo às urnas de forma livre? As mentiras, as perseguições e os abusos de poder serão levadas em conta?

Domingo vamos votar. Estamos dispostos a mudar a história do país? Ou vamos votar no bonitinho, no bom de papo, nas promessas mirabolantes e naqueles que fazem pouco sobre a sua própria história de responsabilidade pública, de empreendedorismo e de responsabilidade social?

Domingo vamos votar. Que o nosso eleitor se comprometa com o desenvolvimento responsável. Comprometa-se com a decisão que irá votar. São quatro anos de mandato para prefeito, vice-prefeito e vereadores. É preciso escolher bem. E para escolher bem, faça uma simples pergunta: "Conheço realmente o candidato?". Se achares que não, dá tempo em consultar a sua ficha, ouvir pessoas da comunidade e tomar a decisão certa.

Domingo é dia de votar. Marque o seu compromisso com o desenvolvimento da região e do seu município. E não esqueça. Ao escolher bem quem vai administrar e legislar o seu município, você poderá dar um passo importante para o combate à corrupção.

O voto é seu. A responsabilidade é de todos nós!

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