Álcool vai liderar expansão rural no Brasil até 2018

O álcool combustível vai liderar o crescimento de produção e exportação dos principais produtos agrícolas no Brasil até o final dos próximos dez anos, de acordo com estudo “Projeções do Agronegócio Mundial e do Brasil 2006/2007 até 2017/2018”, divulgado pelo Ministério da Agricultura. O estudo projetou o desempenho de 16 produtos agrícolas em 12 safras - a passada, a atual e as dez próximas - e aponta que a produção do etanol deve crescer 120,4% no período e as exportações podem aumentar 223%. O documento prevê que sejam produzidos 41,63 bilhões de litros em 2017/2018, ante 18,89 bilhões de litros da safra 2006/2007. Já as vendas externas de etanol devem saltar de 3,49 bilhões de litros para 11,29 bilhões de litros no período. As projeções apontam também que cada vez mais a cana-de-açúcar produzida no País será destinada ao álcool. Com isso o açúcar, outro produto da cultura canavieira, terá um crescimento estimado na produção de 40,7%, de 30,7 milhões de toneladas para 43,21 milhões de toneladas. Apesar do crescimento previsto na produção de álcool, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, pediu cautela no ritmo de implantação das novas unidades sucroalcooleiras do País. “A implantação de novas usinas deve se dar com moderação e a realidade foi verificada este ano, quando o mercado internacional não cresceu na velocidade que os empresários esperavam e há um excesso de oferta”, disse Stephanes. O ministro salientou que, mesmo com o crescimento nas exportações de álcool nos próximos dez anos, o grande mercado para o combustível ainda será o interno, cujo consumo deve aumentar 113% e atingir 30 bilhões de litros em 2018, ou 72% do total de etanol produzido. Mesmo com o aumento previsto de 66,6% na área cultivada com cana-de-açúcar, ante um aumento total de 17,6% na área das principais culturas agrícolas, o ministro garantiu que a produção de álcool e de açúcar não irá avançar sobre a de grãos. “Os estudos foram feitos levando-se em conta as perspectivas de demanda dos alimentos e dos combustíveis, portanto a produção de comida não será prejudicada”, garantiu Stephanes.

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