Carteiro também tem seu dia – 25 de janeiro

Mauro de Castro, carteiro em Santa Izabel do Oeste A data resgata a memória da criação, em 25 de janeiro de 1663, do Correio-Mor no Brasil, cujo primeiro titular foi Luiz Gomes da Matta Neto, que já era o Correio-Mor do Reino, em Portugal. Com a sua nomeação, começou a funcionar o Correio no Brasil como uma organização paraestatal e qualificada para receber e expedir toda correspondência do Reino. Em 19 de dezembro do mesmo ano, foi nomeado para o cargo de assistente do Correio-Mor, na Capitania do Rio de Janeiro, o alferes João Cavaleiro Cardoso. Vale observar que a palavra correio também significa carteiro, mensageiro, embora o serviço de carteiro, tal como conhecemos hoje, somente tenha tido início, no Brasil, no período da Regência, no século XIX. Mesmo com a criação do Correio-Mor no Brasil Colônia, a entrega das correspondências até meados do século XIX era muito precária. As pessoas relutavam muito em pagar os serviços de correios, preferindo usar mão de obra gratuita, como os tropeiros, os bandeirantes e os escravos. Na história postal brasileira temos um carteiro que se notabilizou: Paulo Bregaro, que levou para o príncipe D. Pedro as notícias de Portugal que ensejaram a Independência do Brasil. As palavras proferidas pelo Conselheiro José Bonifácio de Andrada e Silva, ao recomendar pressa na entrega das correspondências, ainda hoje sintetizam a mística do trabalho responsável do carteiro: “Arrebente e estafe quantos cavalos necessários, mas entregue a carta com toda a urgência” - segundo uma versão. “Se não arrebentar uma dúzia de cavalos, no caminho, nunca mais será Correio, veja o que faz!” - segundo outra versão. Por seu feito, Paulo Bregaro é o patrono dos Correios. Em 1835 o Correio da Corte passou a fazer a entrega de correspondência a domicílio. Até então, só tinham direito a essa concessão, pelo Regulamento de 1829, as casas comerciais e os particulares que pagassem uma contribuição anual (de 10 a 20 mil réis). Em 1852, o telégrafo foi introduzido no Brasil e as pessoas que faziam a entrega de telegramas eram chamadas de mensageiros. Carteiro era a designação privativa dos serviços dos Correios. Hoje, a palavra carteiro é utilizada, indistintamente, para a entrega de cartas e de telegramas. A Repartição Geral dos Telégrafos era separada do Departamento de Correios; somente em 1931 é que houve a fusão dos dois serviços, criando-se o Departamento de Correios e Telégrafos – DCT. Em março de 1989, o antigo DCT foi transformado na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT Chova ou faça sol, andando a pé ou utilizando veículos, o carteiro é o responsável pela entrega de objetos postais como cartas, telegramas, malotes e encomendas expressas. Funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), eles ainda são responsáveis pela triagem, separação, classificação, registro e distribuição de correspondência e objetos postais. A partir da promulgação da Constituição de 1988, as mulheres passaram a ter acesso ao cargo de carteiro, antes restrito aos homens. Hoje, cerca de 10 % dos carteiros pertence ao sexo feminino. O Jornal Novo Tempo presta sua homenagem a este profissional dedicado e pede a todos que colaborem com o seu carteiro. Há muitas casas sem número, sem a caixinha do correio, e também tem o inimigo número um dos carteiros, aquele cãozinho de estimação que não dá sossego ao nosso carteiro. Segundo nosso carteiro Mauro de Castro, de cada 10 casas, 08 não possuem número ou caixa de correio.Vamos colaborar para que o serviço dos carteiros seja mais bem aproveitado. Parabéns pelo dia.

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