Começa o debate eleitoral – O período eleitoral começou a valer a partir das convenções partidárias e registros das candidaturas junto a Justiça Eleitoral. Claro, que a lista oficial do TRE ainda deve levar uns dias para ser liberada, pois estão em análise várias impugnações. Mas a campanha já está na rua, mesmo que ainda silenciosa e calma. O Jornal Novo Tempo inicia a partir desta edição, entrevistas com candidatos a prefeito da região em que circulamos. Iniciamos com os candidatos únicos dos municípios de Salto do Lontra, Nova Esperança do Sudoeste, Pinhal de São Bento e Bom Jesus do Sul. As entrevistas dos candidatos serão por município. Se houver dois, três ou cinco candidatos, todos serão entrevistados para a mesma edição. Já estamos com as entrevistas realizadas dos municípios de Barracão (três candidatos), Flor da Serra do Sul, Salgado Filho e Manfrinópolis (dois candidatos cada), pois aproveitamos a presença dos candidatos no trabalho de orientação realizado pela Justiça Eleitoral da Comarca de Barracão, coordenado pela juíza eleitoral, Drª Branca Bernardi. Esta semana estaremos oficiando os candidatos, determinando a data da entrevista, aqui na sede do Jornal Novo Tempo. Caso algum candidato não queira utilizar o espaço oferecido, este será revertido para o candidato que comparecer, pois queremos que os nossos leitores tenham acesso aos projetos e propósitos dos candidatos e que estes respeitem a oportunidade. O Jornal Novo Tempo também oportuniza espaços para os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores para divulgar suas propostas e seu roteiro de trabalho, bem como, para realizar a propaganda na mídia impressa. Estamos dispondo estes espaços a preços acessíveis e que contribuirão para a divulgação das candidaturas.
Novo tempo – Esperamos que os leitores e candidatos façam uma campanha em favor do bem comum. Os municípios, a região Sudoeste, o Paraná e o Brasil precisam de homens e mulheres que realmente trabalhem pela população. Estaremos atentos e qualquer possibilidade de ludibriar os eleitores, serão denunciados. Queremos ser parceiros das boas idéias, dos bons projetos, de um novo tempo na política regional que premiem o desenvolvimento e o bem comum. Para tanto, utilizamos a recomendação da juíza eleitoral, Drª Branca Bernardi. “O candidato deve falar de si, apresentar propostas e envolver os eleitores e as comunidades num debate que possam dar esperança para o povo. O candidato não deve perder tempo em falar do adversário, pois geralmente quando se fala do outro, este se torna lembrado e conhecido e poderá chegar à vitória. Que todos os candidatos possam dizer ao final do pleito: fiz o melhor, fiz o que pude e estou com a consciência do dever cumprido. Fale bem de si, das suas propostas e das suas intenções de bem utilizar o mandato”, recomendou Drª Branca.
Impostômetro deve atingir R$ 1 tri; O que tanto dinheiro poderia pagar? - A Associação Comercial de São Paulo mantém na fachada de sua sede, no centro da capital paulista, o Impostômetro, painel que registra o valor acumulado com mais de 60 tributos - diretos e indiretos. E a estimativa é que, até o próximo dia 22 dezembro, o volume de impostos pagos pelos contribuintes cheguem a R$ 1.000.000.000.000 (ou seja, um trilhão de reais!). Aí vem a pergunta: o que é possível se fazer com tanto dinheiro. No ano passado foram marcados R$ 921 bilhões; em 2006, R$ 812,7 bilhões; e em 2005, ano da inauguração do painel, R$ 731,8 bilhões.
Você consegue imaginar o que seria possível fazer com tanto dinheiro?
Mais de 30 anos de cestas básicas
6.250.000.000 cestas básicas - Os itens básicos de alimentação têm um valor médio de aproximadamente R$ 160 nos estados brasileiros. Portanto, mais de 6 bilhões de cestas básicas poderiam ser adquiridas com todos os impostos pagos até o fim do ano. Resumindo: seria comida suficiente para toda a população do país (quase 190 milhões de pessoas) por 397 meses - mais de 33 anos. Além disso, segundo os cálculos da associação, seria possível fornecer medicamentos para toda a população por 445 meses ou, ainda, pagar mais de 2,6 bilhões de salários mínimos. Aquisições. A tabela abaixo mostra quais as aquisições que poderiam ser feitas com o valor de R$ 1 trilhão.
Aquisições e/ou melhorias Quantidade
Casas Populares (40m2) 74.074.074
Salas de aula equipadas 83.333.333
Cestas básicas 6.250.000.000
Ambulâncias equipadas 14.285.714
Carros populares 44.563.280
Entidades lançam movimento contra CSS – Os brasileiros arrecadaram meio trilhão de reais em tributos de 1º de janeiro até esta quarta-feira. A estimativa é que o impostômetro ultrapasse a marca de R$ 1 trilhão ao final de 2008 e, além disso, o aumento da velocidade de arrecadação mostra que há recursos suficientes e que não é preciso a criação de novos impostos, como a CSS (Contribuição Social para a Saúde). Depois do movimento “Xô CPMF”, que ganhou coro da população brasileira no ano passado e contribuiu para a extinção da contribuição a partir de janeiro deste ano, chegou a hora do “Diga Não à CSS”. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a ACSP e diversas entidades da sociedade civil reúnem-se nesta quarta-feira para discutir o lançamento de uma cruzada nacional contra a tentativa de aprovação da CSS (Contribuição Social para a Saúde), conhecida como a nova CPMF. Apesar da votação da CSS ter sido adiada para depois das eleições municipais deste ano, a sociedade brasileira, que não agüenta mais a alta carga tributária e rejeita a criação de novos impostos, irá se mobilizar desde já para eliminar as chances desse novo tributo ser aprovado em 2008. A CPMF arrecadou R$ 36,49 bilhões em 2007. Até o fim deste ano, a arrecadação federal deverá superar a de 2007 em duas CPMFs, o que comprova que não há necessidade da criação de uma terceira CPMF.
Arrecadação da Receita no semestre é recorde - A arrecadação das receitas e contribuições federais no acumulado do primeiro semestre deste ano, de R$ 327,672 bilhões, é recorde. Segundo dados divulgados pela Receita Federal, a arrecadação no mês passado, que somou R$ 55,747 bilhões, também atingiu nível histórico. O crescimento da arrecadação no primeiro semestre de 2008, na comparação com igual período do ano passado, foi de 10,43% em termos reais (descontados a inflação). No primeiro semestre do ano passado, a receita havia aumentado 10,02% sobre o mesmo período de 2006. As receitas administradas pela Receita Federal somaram, em junho, R$ 54,456 bilhões, equivalente a um crescimento real de 6,52% em relação a junho de 2007 e de 9,63% em relação a maio de 2008. No acumulado do ano até junho, as receitas administradas totalizam R$ 316,510 bilhões, o que significa um crescimento real de 9,93% ante o primeiro semestre de 2007. As demais receitas - taxas e contribuições controladas por outros órgãos - somaram, em junho, R$ 1,291 bilhão, com um crescimento real de 39,52% sobre junho de 2007 e de 14% em relação a maio deste ano. Em 2008 até o mês passado, as demais receitas somam R$ 11,162 bilhões - um crescimento real de 26,94% sobre o primeiro semestre de 2007.
Férias para o poder - Baixa popularidade, cansaço, problemas de saúde, mais tempo para a família e para os negócios. Estes são os principais motivos que teriam levado uma minoria de prefeitos paranaenses a não tentar a reeleição neste ano. Dos 328 prefeitos do estado que podem concorrer ao segundo mandato, 57 não se candidataram – o equivalente a 17% do total. Nem todos, no entanto, saem definitivamente da vida pública. Eles indicam que podem voltar a se candidatar daqui a alguns anos. A desistência da reeleição no Paraná é uma das mais baixas do Brasil. O índice é menor que a média nacional de 21% e pouco acima das proporções de Espírito Santo (13%), Mato Grosso do Sul (14%) e São Paulo (16%). Os números foram levantados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que entrou em contato com cada prefeito para levantar as informações.
Impedidos - 71 prefeitos paranaenses já estão no segundo mandato e não podem concorrer. Eles representam 18% do total de prefeitos do estado.
Povão prefere prefeito ruim - O cientista político Antonio Lassance descobriu algo bastante revelador sobre o perfil do eleitor brasileiro ao terminar sua tese “Bases da Política Brasileira: um estudo das reeleições nos municípios”, defendida na Universidade de Brasília. Lassance avaliou o comportamento do eleitorado em mais de 5,5 mil municípios, durante as eleições municipais de 1996, 2000 e 2004. Descobriu que o povão não está nem aí com a performance no cargo do prefeito que concorre à reeleição. Em 2000 e 2004, a porcentagem de reeleição foi de 18,3% para os políticos com melhores índices bons ou ótimos de gestão, e de 18,73% para aqueles com índices regular ou ruim. Por outro lado, o que pesou para valer na reeleição municipal foi o peso do partido. Prefeitos de legendas nanicas entraram pelo cano. Os do PSDC fracassaram em 87,5% das tentativas, e os do PT do B, em 83,33%. Os candidatos à reeleição do PT, porém, só perderam em 24,59% das disputas. Os do PMDB, em 29,78% dos casos.
Quem paga a conta do deputado-candidato? - Faça uma experiência: fale para o seu chefe na firma que você vai trabalhar só um dia por semana até outubro porque vai se candidatar a prefeito e precisa de tempo para fazer campanha. Se você conseguir a folguinha e ainda abocanhar o salário integral no período, é um gênio. Ou um deputado federal. Ao todo, 88 congressistas disputarão as eleições municipais de outubro. A maioria esmagadora não vai se licenciar do cargo para concorrer. Como tanto a Câmara quanto o Senado ficarão desertos a partir de agosto, os presidentes das duas Casas devem anunciar nesta semana um “esforço concentrado” (esforço?) para os próximos meses de sessão. Funciona assim: os deputados-candidatos vão ficar três meses matando serviço. Mas os R$ 16.512,09 mensais, mais aquele monte de “ressarcimentos” (ressarcimentos?) que juntos passam dos R$ 100 mil, continuam pingando a cada 30 dias. Fácil, fácil. Aí surgem as dúvidas. Se o sujeito foi eleito para deputado ou senador há menos de dois anos, por que ele quer tanto ser prefeito tão pouco tempo depois? Por que ele não se concentra na missão de se ser prefeito, ao invés de curtir a curta temporada em Brasília? No Brasil, tem muito patrão-eleitor que engole qualquer coisa...
A luta pelo celular – A região Sudoeste, apesar de ser corredor para o Mercosul, por aqui devem passar os empreendedores de outros estados brasileiros que se dirigem ao sul do país (Rio Grande do Sul e Santa Catarina), para a Argentina e para o Paraguai, o mesmo ocorrendo com os estados do Sul e com os países lindeiros que se dirigem para o centro do País e do Estado do Paraná. Porém, vários municípios da região não contam com a telefonia celular. Promessas existem e devem ser refeitas nos próximos dias. Mas quando realmente a região será atendida na sua totalidade?
Casas lacradas – Os moradores do bairro Alto Boa Vista estão apavorados com a atitude da administração municipal que lacrou algumas casas no conjunto habitacional construído no mandato do prefeito Francisco Dors. Neste final de semana, quando uma família retornou para o seu lar teve que, com ajuda de populares, arrombar as portas para poder usufruir do abrigo. Os moradores estão solicitando a presença do Jornal para fotografar o abuso. Sugerimos: comunicar o Ministério Público e denunciar para a Justiça, pois o acesso à moradia e á propriedade é um bem sagrado para as famílias.
Situação das rodovias – Recebemos em nossa região visitas de pessoas de negócio e a passeio de outros estados brasileiros praticamente todos os dias. Uma constatação que evidencia o descaso para com a região. As rodovias estão em má conservação, muitas panelas, algumas cheias de cascalho ou terra para “tapear” a situação. Citamos apenas algumas: Rodovia que passa por Barracão, Santo Antônio do Sudoeste, Pranchita, Pérola D’Oeste, até Realeza. Rodovia que liga Dois Vizinhos a Salto do Lontra. Rodovia que liga Ampére a Santo Antônio do Sudoeste, Rodovia que liga Realeza a Cascavel, Rodovia que liga Manfrinópolis, Salgado Filho e Flor da Serra. Sem contar que a rodovia entre Salgado Filho e Tiradentes não foi asfaltada e poderá ser uma nova promessa de campanha. Vamos somar as vozes e se fazer ouvir. O tempo seco ajudou muito, mas com o retorno das chuvas, tudo ficará pior.
Para pensar – “O preço que os homens de bem pagam por não se envolver na política, é ser governado pelos maus”. Platão – 400 aC.
Raio-X
Redação Jornal Novo Tempo
Acessos: 1130
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